quarta-feira, 25 de abril de 2007

EU SOU TUA ETERNIDADE

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Para poder sentir o cheiro bom dos meus cabelos
Para beijar com sensualidade a minha boca,
Tocar uma vez mais, com carinho a minha mão
E me ter uma vez mais, daquela forma louca,
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Ultrapassarias as barreiras do infinito,
Vencerias montanhas de luz a qualquer tempo
Eu te conduziria às estrelas... e extasiado,
Tu me terias de novo, só por um momento!
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Sou o mais perto do céu eu sei, que chegarias
Disseste ao meu ouvido, esta incomum verdade
Nas mãos da eternidade tu não te entregarias,
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Pois sou o teu tesouro; por mim, tua alma arde!
E cúmplice me fazes... tão meu, tu me extasias,
Por mim, tu dizes, desistirias da tua eternidade!
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*MÍRIAN WARTTUSCH
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segunda-feira, 23 de abril de 2007


Durante a visita da escritora Valdyce Ribeiro à Academia Estudantil de Letras, AEL,
Mírian e o sr Jefferson, pai de Camila, uma das acadêmicas, fizeram a leitura do poema
"Panuellos Blancos", que faz parte do livro "Flor e Ponte", editado também
na Espanha. Mírian leu em espanhol e o sr Jefferson em português.

PAÑUELOS BLANCOS


I hubiera guerra
Y quedamos sin comunicación
Si no pudiéramos ir al correo
Para enviar y retirar
Correspondencia
Y la distancia existente
Se ampliara de repente
Si se nos prohibiese
Viajar
Andar por las calles
Pra encuentros secretos
Antes de que sofoquen nuestras voces
De ensordecernos con los sonidos
De bombas y ráfagas
Que irían a consumar la separación!
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Gritaremos que el amor!
No combina con la guerra!!
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Pediremos paz!
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Colocaremos pañuelos blancos en las ventanas
Haremos poemas sobre tiempos blancos
Extenderemos nuestro pedido
Por los correos electrónicos
Soltaremos palomas mensajeras
Llevando mensajes
Reafirmando que el amor
No combina con la guerra!
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Gritaremos al mundo entero
Que el amor no combina con la guerra!!
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Pediremos paz!
.
Si nos perdemos
Acuérdese de que todas las mañanas
Brilla la estrella vespertina
Y que ella también
No combina com la guerra...


Todos os poemas estão em português e espanhol.
Muito lindo mesmo!

Tributo meu carinho a você Dyce.


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domingo, 22 de abril de 2007

COR DA PELE


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Através de Luther King
A mensagem que encoraja
Sabemos nós, sabe ele
Esta luta é muito brava!
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Ideais que nos acendem,
Devem jamais se apagar
Cor da pele qualifica
Quem deveremos amar?
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Nossas almas parecidas
Não tem cor nem tem idade
O amor é incondicional
Levamos pra eternidade!
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Negros ou brancos, na vida,
Lutas iguais enfrentamos
Se correr sangue na luta
A mesma côr encontramos
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Mírian Warttusch

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sexta-feira, 20 de abril de 2007

JÁ SE FAZ TARDE...



Destino e hora deste compromisso

Desvelos de quem ama e tem saudade

Preciso eu dizer que estou a tua espera?
Vem... não demora, pois já se faz tarde!
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Em consonância, estamos a clamar,
Pela presença um do outro - ó saudade!
Castiga o peito a ânsia tão voraz...
Vem... não demora, pois já se faz tarde!

Riscando o céu vai o cometa em teu encalço
Vai em silêncio, apenas brilha como alarde
Que paixão, que amor, que tudo, que verdade!

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Não deixa que se perca, no ar, o meu abraço,

Venha buscar meu beijo, que na boca arde.

Vem... não demora, pois já se faz tarde!

Vem....

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MÍRIAN WARTTUSCH

segunda-feira, 16 de abril de 2007

A PRINCESA E O PASTOR

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Reverenciam as flores do caminho,
Desanuvia-se o céu, polidamente
A avezita fagueira volta ao ninho,
Cantam os regatos em sua corrente
Palpita a brisa, num suave carinho
Cala a floresta, com respeito ardente!

Nem a poeira da estrada, se levanta,
Quando a caleça real por ela passa
A natureza, imóvel, então se encanta,
Ante a princesa real, sorri com graça!
Num doce embalo, o reino se acalanta
E ao ranger das rodas, o tempo se compassa

Se espalha a relva, num tapete imenso
Tão sonhadora, está tão linda, a natureza!
Flores vicejam, com perfume intenso
Adornam, mimosas, a chegada da princesa!
Jamais se vira um verde assim tão denso
Vestindo as ramagens à espera da princesa!

Recanto terno e doce, em que os pastores,
Trazem as ovelhas para as recolher
Elas vêm balindo, quase em estertores
Chegam ao aprisco antes do anoitecer
Ali, princesa e pastor, morrem de amores
Esquecem o preconceito até o amanhecer...

No céu os círios, de púrpura, dourados,
Acendem-se, tremeluzindo de calor...
E os astros, curiosos, são chegados,
Na espreita da princesa e seu pastor
Que entre beijos, sorrindo, apaixonados,
Trocam mil juras de perpétuo amor

A carruagem parte... deixa uma poeira
E a noite estrelada, difusa, se apagou...
Mesmo que o coração dos dois, assim não queira
Ela partiu para o castelo e o pastor ficou...
E a lua pálida, bem alto, sorrateira,
Foi sumindo.... sumindo.... e o dia então chegou!
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Mírian Warttusch

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