quinta-feira, 17 de abril de 2008

Andorinhas-Aves Santas

ANDORINHAS
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Quando em criança, lembro das tardinhas
E da cor rubra, de tantos ocasos.
Bem lá no centro das lembranças minhas
(...E ai me enchem d’água os olhos rasos!)
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Me vem o vôo sutil das andorinhas,
Que ao frenesi do seu bater de asas,
Cruzavam o céu em sinuosas linhas,
Fazendo evoluções no vão das casas.
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Recordo ainda o que mamãe dizia;
- São as Andorinhas, aves benfazejas,
Deus as fez só pra alegrar Maria
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Quando iam brincar com seu Jesus menino.
Por isso agora, moram nas Igrejas
Nas altas torres onde bate o sino.
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♦ Jenário de Fátima
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AVES SANTAS
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As andorinhas partiram em revoada,
Quando o sino tocou no campanário.
E assim ao vê-las, fico extasiada,
Se vão, ou chegam, que lindo cenário!
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E enquanto seguem os fiéis, a procissão,
Da minha infância, lembro linda história,
Que me confrange sempre o coração,
Quando revivo, isto, na minha memória.
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“Toda a paixão, acompanhou uma avezinha,
No bico, um ramo de oliveira - tanta luz!
E quando a cruz se ergueu, a pobrezinha,
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Gotas do ramo, colocou nos lábios de Jesus.
Foi tanto o sangue que ensopou suas asinhas,
Que não pode voar... morreu aos pés da cruz!”
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♦ Mírian Warttusch
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Um comentário:

Luiz Galvão disse...

Que lindo Mírian..como é bom tudo que tem aqui nesse seu cantinho cheio de encanto, amor, fantasias, sonhos, sedução...tudo fluidez líquida de menssagens dentro deste espectro tecnocrático mas com tamanha liberdade jamais alcançada pelo homem...
Sua criatividade e coração já conheço faz tempo....amei tudo que vi...beijos minha amiga poetisa..