DEPENDÊNCIA
.
Meu coração é qual grande deserto
Que tanto faz calor, tanto faz frio
Que tanto está fechado ou tanto aberto
Que tanto está amável ou bravio
.
Ele ora está distante, ora está perto
Ele ora está constante, ora erradio
Ele ora está confuso, ora está certo
Ele ora se transborda, ou está vazio
.
E em meio a todas estas metamorfoses
Meu coração se acalma ou se agita
Como um doente a depender de doses
.
De doses de alegrias e tristezas
Doses de convicções e incertezas
Daquela que lhe mora...que lhe habita!
.
♦ Jenário de Fátima
.
NÃO APAGA ESSA CHAMA
.
Deixa teu coração em paz, eu cuido dele...
Abandonado e frio, assim, no peito,
Esse teu coração, já vejo, não tem jeito...
Preciso mesmo dar amor pra ele...
.
Curar teu coração é fácil para mim,
Basta aninhá-lo ao peito, com carinho,
E ele não se sentirá tão mais sozinho,
Ouvindo o meu, bater tão alto assim!
.
Melhor que um coração, só mesmo dois...
Ouça este toc toc e me dirás depois,
Vais delirar.. ver como é bom sonhar...
.
Ai, coração... nada de intemperança...
Aviva logo a chama da esperança,
Não sopre, a tua boca, para lhe apagar...
.
♦ Mírian Warttusch
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário