FERIDOS
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Por mais que eu me deleite, em leitos que me dão
O que negas em casa ao homem que inda é teu,
Não quero admitir que o nosso amor morreu
Nem devo ser expulso do teu coração...
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Sentemos nessa cama ao menos um momento,
Desabafando as mágoas, dores, desenganos,
E todas as mazelas que ao longo dos anos
Causaram tal desgaste ao nosso casamento.
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Juro-te que depois de havermos conversado,
Tentando reverter os males desse fardo
E restaurando aquilo dito ao pé do altar...
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Tentarei perdoar teus atos sem noção,
Mas se não conseguires me dar teu perdão
Atire as alianças no fundo do mar.
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♦ Nizardo Wanderley
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TARDE DEMAIS...
Chegaste tarde, meu marido, ora final...
Não quero ouvir esta conversa tão furada...
Acho que agora, entre nós dois, o ideal,
É seguirmos, cada qual, a nossa estrada!
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Se me disseres que estás arrependido,
Eu só te digo, por favor, não te arrependas!
Fizeste o que fizeste e assim não tem sentido,
Tentar no rasgo colocar emendas!
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Ainda dizes que vais tentar me perdoar?
Esqueceste teus erros que eu sempre perdoei?
E ainda queres que as juras do altar,
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Se revalidem? Pra restaurar o quê?
Leva contigo as alianças e os sonhos que sonhei...
Só o que eu quero, agora, é esquecer você!
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♦ Mírian Warttusch
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