quarta-feira, 11 de março de 2009

Duas Estrelas



Divinas, mansas, perenes,
Cintilam de amor tamanho,
Toda noite no meu leito,
Em sua luz eu me banho.

Chegam tão apaixonadas,
Universo de delícias...
Nosso encontro... é madrugada...
Dardejam loucas carícias.

Estrelas que em cada ponta,
Guardam múltiplos anseios,
Cada qual, assim, mais tonta,
A viajar sobre os meus seios.

Segredo bom não se conta?
Conto sim... as tuas mãos,
São essas duas estrelas,
Perdidas na imensidão.

Na entrega, tanta loucura,
Quando teus dedos me tocam,
Como as pontas das estrelas,
Mil frenesis me provocam.

Cinco pontas cada estrela,
Brilhando na imensidão,
Ardorosas, se assemelham,
Aos dedos das tuas mãos.

Sempre unidos, céu e terra,
Universos consonantes,
Ganhando o céu, somos anjos,
Na Terra somos amantes.

♦ Mírian Warttusch


Imagem: Google